segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

NATAL E O MODELO DE CONDUTA (Por Pedro Machado)

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Estudando teologia por quatro anos, descobri e aprendi muitas coisas. Em todas as religiões cristãs, O verdadeiro sentido do natal, Jesus é sem dúvida o Modelo de conduta, é o grande Mestre que ensina a viver melhor, é o Modelo e Guia. Jesus nada escreveu, mas falou a todos aqueles que O quiseram escutar fosse por necessidade, por curiosidade ou, até mesmo, por desejo de combate-Lo. 

Suas idéias e ensinamentos disseminaram-se rapidamente pois aqueles que O ouviam comentavam, encantados, Suas palavras com outrem. Depois de Sua morte física, os apóstolos levaram Seus ensinos a lugares distantes, aumentando o número daqueles que os conheceriam. 

Alguns dos seguidores escreveram a respeito do que viram e ouviram de Jesus, e esses textos formaram os Evangelhos. Sua vida e Sua obra, eternizadas por esses textos, são as mais comentadas e discutidas pelas civilizações da Terra, através dos tempos. 

Em todas as religiões cristãs o Evangelho é a base dos estudos e das pregações possibilitando, a todos, reflexão. O Evangelho pode ser considerado como um testamento que Jesus deixou para a Humanidade, sendo o mais belo poema de esperanças e consolações a que podemos ter acesso. Ainda hoje, Sua voz alcança os ouvidos de todos aqueles que O buscam, com lições de beleza e de felicidade, dando oportunidade de esperar por melhores dias à medida que nos ensina a auto-superação. 

Nos dias atuais, conhecer e estudar o Evangelho está ao alcance de todos, diferentemente do que acontecia quando isso era reservado apenas aos líderes espirituais de algumas religiões. Mas, será que o conhecimento do que disse Jesus, dos Seus exemplos, das Suas idéias nos serve para realmente modificar nossas vidas?  

Será que procuramos ser simples e humildes como Ele nos ensinou? Será que, diante de um ato violento seja físico ou moral, feito contra nós, sabemos mostrar a outra face ao agressor, dando-lhe um exemplo de brandura e não de revide? Será que, ao nos sentirmos ofendidos, sabemos perdoar, da mesma maneira que, quando ofendemos queremos ser perdoados? 

Será que somos capazes de dialogar com todos, a despeito de quaisquer diferenças, mantendo-nos calmos e pacíficos? Somos capazes de tratar com amor alguém, cujas atitudes não estejam de acordo com nosso padrão moral, sem fazer julgamentos? 

Somos capazes de refletir sobre aquilo que nos faz sofrer, sem nos julgarmos vítimas, mas sim responsáveis, e, dessa maneira, conseguirmos usar este sofrimento para nos modificarmos interiormente? 

Será que temos, realmente, ouvidos de ouvir, ou decoramos ou postamos as passagens dos Evangelhos e as repetimos superficialmente sem nada colocar em prática? Nosso querido Mestre Jesus esteve entre nós porque desejava deixar um caminho a seguir. 

Se queremos realmente conhecê-Lo não basta apenas ler ou ouvir o que Ele falou, mas sim experimentar, em nossa vida, Seus ensinamentos, colocando-os em prática. Como nosso amigo e terapeuta, Ele espera que possamos abrir coração e mente para as reflexões que há dois mil anos estão espargidas no ar que respiramos, esperando solo fértil para germinar e florescer. Pensemos nisso, lembrando que o natal é o ano inteiro queridos amigos e amigas e vamos que vamos, ETA nóis.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

UM ALIADO CHAMADO TEMPO (Por Pedro Machado)

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Aguarde só um pouquinho mais, mas resista!
Há dias em que temos a sensação de que chegamos ao fim da linha. Não conseguimos vislumbrar uma saída viável para os problemas que surgem em grande quantidade. Com você não é diferente. Você também faz parte deste mundo cheio de provas e expiações. Desta escola chamada terra. E já deve ter passado por um desses dias, e pensado em desistir...

No entanto vale a pena resistir...Resista um pouco mais, mesmo que as feridas latejem e que a sua coragem esteja cochilando. Resista mais um minuto e será fácil resistir aos demais. Resista mais um instante, mesmo que a derrota seja um ímã... Mesmo que a desilusão caminhe em sua direção. 

Resista mais um pouco mesmo que os pessimistas digam para você parar... mesmo que sua esperança esteja no fim. Resista mais um momento mesmo que você não possa avistar, ainda, a linha de chegada... mesmo que a insegurança brinque de roda a sua volta. 

Resista um pouco mais, ainda que a sua vida esteja sendo pesada na balança dos insensatos, e você se sinta indefeso como um pássaro de asas quebradas. As dores, por mais amargas, passam... Tudo passa... A ilusão fascina, mas se desvanece... A posse agrada, porém se transfere de mãos... 

O poder apaixona, entretanto, transita de pessoa. O prazer alegra, todavia é efêmero. A glória terrestre exalta e desaparece. O triunfador de hoje, passa, mais tarde, vencido... Tudo, nesta vida, tem um propósito... A dor aflige, mas também passa. A carência aturde, porém, um dia se preenche. 

A debilidade física deprime, todavia, liberta das paixões. O silêncio que entristece, leva à meditação que felicita. A submissão aflige, entretanto fortalece o caráter. O fracasso espezinha, ao mesmo tempo ensina o homem a conquistar-se. 

A situação muda, como mudam as estações... O verão brinca de esconde-esconde com a brisa morna, mas cede lugar ao outono, que espalha suas tintas sobre a folhagem. O inverno chega e, sem pedir licença, congela a brisa e derruba as folhas. Tudo parece sem vida, sem cor, sem perfume... Será o fim? Não! 

Eis que surge a primavera e estende seus tapetes multicoloridos, espalhando perfume no ar e reverdecendo novamente a paisagem... Assim, quando as provas lhe baterem à porta, não se deixe levar pelo desejo de desistir... resista um pouco mais. Resista, porque o último instante da madrugada é sempre aquele que puxa a manhã pelo braço... E essa manhã bonita, ensolarada, sem algemas, nascerá para você em breve, desde que você resista. 

Resista, porque alguém que o ama está sentado na arquibancada do tempo, torcendo muito para que você vença e ganhe o troféu que tanto deseja: a felicidade...  Não se deixe abater pela tristeza. Todas as dores terminam. Aguarde que o tempo, com suas mãos cheias de bálsamo, traga o alívio. 

A ação do tempo é infalível, e nos guia suavemente pelo caminho certo, aliviando nossas dores, assim como a brisa leve abranda o calor do verão. Mais depressa do que supõe, você terá a resposta, na consolação de que necessita. Por tudo isso, resista... e confie nesse abençoado aliado chamado tempo. Pense nisso, e no mais vamos que vamos, ETA nóis.

SUPERANDO ADVERSIDADES (Por Pedro Machado)

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A capacidade do ser humano de superar adversidades é inacreditável. E certos exemplos nos levam a acreditar que o ser humano ainda não descobriu tudo de que é capaz. Também nos servem de exemplos para nossas próprias vidas. 

A vida do pianista João Carlos Martins. Começou a estudar piano aos 8 anos de idade. Após 9 meses de aula vencia, com louvor, o concurso da Sociedade Bach de São Paulo. Um prodígio. Rapidamente ele desenvolveu uma carreira de pianista internacional. Tocou nas principais salas de concerto do mundo. Dedicou-se à obra de Bach. 

No auge da fama, sofreu um grande revés. Jogando futebol, sua outra paixão além da música, caiu sobre o próprio braço. O acidente o privou dos movimentos da mão. Para qualquer pessoa, uma tragédia. Para ele, um desastre total. 

Mas não se deu por vencido. Submeteu-se a cirurgias, dolorosas sessões de fisioterapia, injeções na palma da mão. E voltou ao piano e às melhores salas de concerto. Com dor e com paixão. Mas a persistência de Martins voltaria a ser testada. Anos depois, vítima de um assalto na Bulgária, foi violentamente agredido. Como consequência, teve afetado o movimento de ambas as mãos. 

Para recuperar as suas ferramentas de trabalho, voltou às salas de cirurgias e à fisioterapia. Conseguiu voltar ao amado piano mais uma vez. Finalmente, em 2002, a sequela das lesões venceu. A paralisia definitivamente dominou suas duas mãos. Era o fim de um pianista. Afastou-se do piano, não da sua grande paixão, a música. 

Aos 63 anos de idade, ele foi estudar regência. Dois anos depois regeu a Orquestra Inglesa de Câmara, em Londres. Em um concerto, em São Paulo, surpreendeu outra vez. Regeu a Nona Sinfonia de Beethoven, totalmente de cor. 

Ele precisou decorar todas as notas da obra por ser incapaz de virar a página da partitura. A plateia rompeu em aplausos. Mas João Carlos Martins ainda tinha mais uma surpresa para o público, naquela noite. Pediu que subissem um piano pelo elevador do palco. E, com apenas três dedos que lhe restaram, ele tocou uma peça de Bach. 

A Ária da Quarta Corda foi originalmente escrita para violino. É uma peça musical em que o violinista usa apenas a corda sol para executar a bela melodia. Bom, Martins a executou ao piano com três dedos. E, embora não fosse a sua intenção, a impressão que ficou no ar é que todos os presentes se sentiram muito pequenos ante a grandeza de João Carlos Martins. Creio eu que como Martins, existem muitos exemplos. 

Criaturas que têm danificado seu instrumento de trabalho e dão a volta por cima, não se entregando à adversidade. Recordamos de Beethoven, compositor, perdendo a audição e, nem por isso deixando de compor. 

De Helen Keller, cega, surda, muda se tornando a primeira pessoa com tripla deficiência a conseguir um título universitário. Tornou-se oradora, porta-voz dos deficientes, escritora. Pense nisso e não se deixe jamais abater porque a adversidade o abraça. Pense: você a pode vencer. Vença-a. E no mais, vamos que vamos, ETA nóis.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

DINHEIRO, SEXO E PODER (Por Pedro Machado)


A nossa sociedade gravita em torno de 3 eixos(Dinheiro, Sexo e Poder). Muito poucos são os que não se deixam cair em nenhuma das reais tentações do aparente. 

O culto destas dimensões imediatas da identidade remete para planos secundários todas as categorias interiores que a estruturam e consubstanciam, dispensando ponderação e reflexão, abrem alas a uma preguiça estranha que se contenta com o superficial. Quase uma animalidade consentida, mas sem sentido. 

O dinheiro é o que parece mover com mais eficácia o mundo, o que diz mais do mundo do que das contas bancárias. Quantificação simples de um tipo de sucesso que explora mais do que eleva, o dinheiro não se torna; nem mesmo em quantidades desproporcionadas, numa riqueza, uma vez que a riqueza será o que dignifica e engrandece, jamais o seu contrário. 

O sexo, fazendo parte da vida, não é, contudo o mais importante. O hábito consome-se com tremenda rapidez, e o corpo é apenas uma ínfima parte do que somos o albergue temporário de uma interioridade composta por tantas vezes, tenebrosas podridões, vulgaridades comuns e, por vezes também, belezas indescritíveis. Felizmente, o ser humano é capaz de ver para bem mais longe do que a vista alcança, e ver o outro através do seu corpo. 

O poder atrai e corrompe, muito antes de ser atingido. Promete o que há de melhor pela amplificação da liberdade, mas como não dá nunca o discernimento essencial às escolhas que determinam os passos que nos aproximam da felicidade, ilude enquanto afoga quem se julga por ele abraçado. 

Dinheiro, sexo e poder são promessas vãs. Chegam a conjugar-se a fim de escravizar mais eficazmente quem parece amar a sua própria desgraça. São muitos os que desperdiçam a sua única vida em busca do que não presta. É sempre trágico, mas não deixa de ser justo. Se você busca só isso na sua vida, reflita. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.

NIRVANA (Por Pedro Machado)

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NIRVANA (Por Pedro Machado)
Conta-se que um homem de negócios, após longos anos de trabalho árduo, conseguiu ajuntar significativa fortuna. Todavia, o grande empresário, apesar de todo o dinheiro que possuía, sentia-se infeliz. Desejava a felicidade, mas um grande vazio lhe perturbava a alma e as tribulações das horas lhe roubavam a paz.

Um dia, ouviu falar da existência de um velho sábio conhecedor de regras eficientes para quem deseja ser feliz. O executivo não teve dúvidas. Muniu-se dos recursos necessário e saiu a procurá-lo. Após longa e exaustiva busca, chegou ao lugarejo onde residia o tal sábio. Algumas informações a mais, e lá estava ele, frente a frente com o ancião.

A expectativa era tanta que ele foi direto ao assunto. "Ouvi dizer que o senhor sabe a receita para se conquistar a felicidade, e o que mais desejo é ser feliz, pode me ajudar?" Perguntou ansioso. Bem, respondeu o sábio, na verdade as regras são muito simples. A primeira delas é prestar atenção. A segunda, é prestar atenção.

E a terceira e última é prestar muita atenção. O executivo pensou que ele só podia estar brincando, mas depois de ouvir algumas considerações, foi mudando de idéia. O ancião falou com sabedoria: "quem presta atenção em tudo o que acontece nos minutos de sua vida, consegue ser feliz." - Preste atenção no que as pessoas lhe dizem. Saiba ouvi-las com serenidade, buscando ajudar na medida do possível. - Ao fazer uma refeição, aproveite bem o momento.

Preste atenção nos alimentos que ingere, sinta o seu sabor. - Preste atenção em tudo à sua volta... - Olhe com atenção uma noite enluarada, um amanhecer de ouro... - Contemple, com atenção, um jardim que explode em perfumes e cores... - Uma cascata estirada sobre a montanha rochosa... - Observe com atenção um bando multicor de aves cruzando os ares... Ouça atentamente o canto de um pássaro solitário... -

Preste atenção na chuva que cai abençoando o solo. Imagine os lençóis d’água no subsolo, espalhando fertilidade e vida... - Detenha-se a observar o trabalho das formigas, sua organização, sua perseverança. - Acompanhe com atenção o desabrochar de uma rosa... sinta o seu perfume. - Enfim, observe atentamente os pequenos "nadas" ao seu redor. -

Em pouco tempo você perceberá que há muito mais coisas boas do que ruins, e isso o fará feliz. Depois de ouvir atentamente os conselhos do velho sábio, o empresário já estava se sentindo mais alegre e disposto a lutar pela felicidade tão almejada.

Então queridos amigos e amigas, pensemos nisso! As horas são abençoadas oportunidades de aprendizado e alegria. Mas, embora elas se repitam incessantemente, os minutos já não são os mesmos e as circunstâncias mudam a cada segundo. Dessa forma, a cada hora temos sessenta minutos para encontrar motivos de felicidade, basta que prestemos muita atenção em cada um deles, sem esquecer que a nossa atenção deve voltar-se para as coisas realmente positivas. Pense nisso! E no mais, vamos que vamos, ETA nóis.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

OPINIÃO ALHEIA (Por Pedro Machado)

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"Você se importa com a opinião que os outros têm a seu respeito?"
Se a sua resposta for não, então você é uma pessoa que sabe de si mesma. Que se conhece. É auto-suficiente. No entanto, se a opinião dos outros sobre você é decisiva, vamos pensar um pouco sobre o quanto isso pode lhe ser prejudicial. 

O primeiro sintoma de alguém que está sob o jugo da opinião alheia, é a dependência de elogios. Se ninguém disser que o seu cabelo, a sua roupa, ou outro detalhe qualquer está bem, a pessoa não se sente segura. 

Se alguém lhe diz que está com aparência de doente, a pessoa se sente amolentado e logo procura um médico. Se ouve alguém dizer que está gordo, desesperadamente tenta diminuir o peso. Mas se disserem que é bonito, inteligente, esperto, ele também acredita. Se lhe dizem que é feio, a pessoa se desespera. Principalmente se não tem condições de reparar a suposta feiúra com cirurgia plástica, rsrsrs. 

Existem pessoas que ficam o tempo todo à procura de alguém que lhes diga algo que as faça se sentir seguras, mesmo que esse alguém não as conheça bem. Há pessoas que dependem da opinião alheia e se infelicitam na tentativa de agradar sempre. 

São mulheres que aumentam ou diminuem seios, lábios, bochechas, nariz, para agradar seu pretendido. Como se isso fosse garantir o seu amor. São homens que fazem implante de cabelo, modificam dentes, queixo, nariz, malham até à exaustão, para impressionar a sua eleita. E, quando essas pessoas, inseguras e dependentes, não encontram ninguém que as elogie, que lhes diga o que desejam ouvir, se infelicitam e, não raro, caem em depressão. 

Não se dão conta de que a opinião dos outros é superficial e leviana, pois geralmente não conhecem as pessoas das quais falam. Para que você seja realmente feliz, aprenda a se conhecer e a se aceitar como você é. Não acredite em tudo o que falam a seu respeito. 

Não se deixe impressionar com falsos elogios, nem com críticas infundadas. Seja você. Descubra o que tem de bom em sua intimidade e valorize-se. Ninguém melhor do que você para saber o que se passa na sua alma. Procure estar bem com a sua consciência, sem neurose de querer agradar os outros, pois os outros nem sempre dão valor aos seus esforços. 

A meditação é excelente ferramenta de auto-ajuda. Mergulhar nas profundezas da própria alma em busca de si mesmo é arte que merece atenção e dedicação. Quando a pessoa se conhece, podem emitir dela as opiniões mais contraditórias que ela não se deixa impressionar, nem iludir, pois sabe da sua realidade.

Nesses dias em que as mídias tentam criar protótipos de beleza física, e enaltecer a juventude do corpo como único bem que merece investimento, não se deixe iludir. Você vale pelo que é, e não pelo que tem ou aparenta ser. A verdadeira beleza é a da alma. 

A eterna juventude é atributo do Espírito imortal. O importante mesmo é que você se goste. Que você se respeite. Que se cuide e se sinta bem. A opinião de alguém só deve fazer sentido e ter peso, se esse alguém estiver realmente interessado na sua felicidade e no seu bem-estar. 

Pense nisso! Nenhuma opinião que emitam sobre você, deve provocar tristeza ou alegria em demasia. Os elogios levianos não acrescentam nada além do que você é, e as críticas negativas não tornarão você pior. Busque o autoconhecimento e aprenda a desenvolver a auto-estima. 

Mas lembre-se: seja exigente para consigo, e indulgente para com os outros. Eis uma fórmula segura para que você encontre a autoconfiança e a segurança necessárias ao seu bem-estar efetivo. E jamais esqueça que a verdadeira elegância é a do caráter, que procede da alma justa e nobre. Pense nisso, e liberte-se do jugo da opinião dos outros. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.

domingo, 3 de novembro de 2019

REFORMA INTRÍNSECA (Por Pedro Machado)

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Reforma social, qual seriam as bases? Primeiramente precisamos fazer uma reforma íntima. Vivemos a era do desenvolvimento científico e dos avanços tecnológicos. No entanto, embora a satisfação e o conforto que os avanços proporcionam para a vida material, não conseguem preencher o vazio da alma. 

O homem aspira qualquer coisa de superior, sonha com melhores instituições, deseja a vida, a felicidade, a igualdade, a justiça para todos. Mas, como atingir tudo isso com os vícios da sociedade e, sobretudo, com o egoísmo imperando? 

O homem sente a necessidade do bem para ser feliz e compreende que só o bem pode lhe dar a felicidade pela qual aspira. Mas, como ocorrerá isso? Ora, se o reino do bem é incompatível com o egoísmo, é preciso que o egoísmo seja destruído. Mas, o que pode destruí-lo? 

A predominância do sentimento do amor, que leva os homens a se tratarem como irmãos e não como inimigos. A caridade é a base, a pedra angular de todo edifício social. Sem ela o homem construirá sobre a areia. Assim sendo, se faz urgente que os esforços e, sobretudo os exemplos de todos os homens de bem, a difundam. 

Mas como exemplificar o bem num meio corrompido pela maldade, a violência, a falta de amor? Está nos desígnios de Deus que, por seus próprios excessos, as más paixões se destruam. O excesso de um mal é sempre o sinal de que chega ao seu fim. No entanto, sem a caridade o homem constrói sobre a areia. 

Um exemplo torna isso compreensível. Alguns homens bem intencionados, tocados pelos sofrimentos de uma parte de seus semelhantes, supuseram encontrar o remédio para o mal em certas doutrinas de reforma social. 

Vida comunitária, por ser a menos custosa; comunidade de bens para que todos tenham a sua parte; nada de riquezas, mas, também, nada de miséria. Tudo isso é muito sedutor para aquele que, não tendo nada, vê, antecipadamente, a bolsa do rico passar ao fundo comunitário sem cogitar que a totalidade das riquezas, postas em comum, criaria uma miséria geral ao invés de uma miséria parcial. 

Que a igualdade, estabelecida hoje, seria rompida amanhã pela mobilidade da população e a diferença entre aptidões. Que a igualdade permanente de bens supõe a igualdade de capacidades e de trabalho. Mas a questão não é examinar o lado positivo e o negativo desses sistemas. 

O fato é que os autores, fundadores ou promotores de todos esses sistemas, sem exceção, não visaram senão a organização da vida material de uma maneira proveitosa a todos. A finalidade é louvável, indiscutivelmente. Resta saber se, nesse edifício, não falta a base que, só ela, poderia consolidá-lo, admitindo-se que fosse praticável. 

A vida comunitária é a abnegação mais completa da personalidade. Ora, o móvel da abnegação e do devotamento é a caridade, isto é, o amor ao próximo. Um sistema que, por sua natureza, requer para sua estabilidade virtudes morais no mais supremo grau, haveria que ter seu ponto de partida no elemento espiritual. 

Pois muito bem, ele não o leva absolutamente em conta, já que o lado material é a sua finalidade exclusiva. Isso quer dizer que são enfeitadas com o nome da fraternidade, mas a fraternidade, assim como a caridade, não se impõe nem se decreta, é algo que existe no coração e não será um sistema que a fará nascer. 

Ao mesmo tempo em que isto ocorre, o defeito antagônico à fraternidade arruinará o sistema e o fará cair na anarquia, já que cada pessoa quererá tirar para si a melhor parte. A experiência aí está, diante de nossos olhos, para provar que eles não extinguem nem as ambições nem a cobiça. 

Os homens podem fundar colônias sob o regime da fraternidade tentando fugir ao egoísmo que os esmaga, mas o egoísmo seguirá com eles como vermes roedores. E lá, onde se acham, haverá exploradores e explorados, se lhes faltar a caridade. 

Por todas essas razões é que nunca haverá reforma social que se sustente em sistemas que não levem em conta o elemento espiritual. É incontestável que antes de fazer a coisa para os homens, é preciso formar os homens para a coisa, como se formam obreiros, antes de lhes confiar um trabalho. Pensemos nisso! E que o egoísmo saia de nossos corações. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

DEPOIS DE CADA SONHO (Por Pedro Machado)

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Uma sala de cinema, depois de cada filme, pode nos trazer reflexões interessantes.

O comportamento das pessoas apresenta algo de curioso.

Os créditos começam a surgir na tela e as luzes voltam a acender lentamente, avisando a todos que aquele sonho projetado no grande painel branco terminou.

Cada um que está ali, então, volta ao seu mundo, à sua dita realidade.

Saem apressados, atrasados, levados pela correnteza humana, quase que na velocidade da luz - da luz que volta a clarear a sala de projeção.

Porém existem alguns, apenas alguns, que permanecem um pouco mais.

Sentados, imóveis, de olhar distante, parecem ainda respirar naquele mundo criado à sua frente há poucos minutos.

Como se quisessem suavizar a transição entre uma realidade e outra.

Ficam ali, como se desejassem reter tudo aquilo um pouco mais... apenas um pouco mais.

Não querem permitir que a vida lá fora perca a lembrança do que acabaram de ver.

Esses podem ter suas vidas modificadas... com um simples filme.

O que esta história diz à minha vida?

Que características neste ou naquele personagem, tem a ver comigo, com meus sonhos, com minhas dificuldades?

O que posso aprender com estas vidas, com este mundo, por vezes tão diferente do meu?

São tantos os questionamentos que eles podem estar fazendo naquele momento...

Indagações que aqueles que saíram desassossegados em disparada, possivelmente não terão.

Para esses foi apenas entretenimento. Não conseguiram penetrar na esfera da arte, da beleza.

Sábios. Esses que permanecem agem com sabedoria. Buscam aprender tudo que a vida tem a lhes oferecer, e ela, por ser tão maravilhosa e perfeita, oferece lições a todo instante.

Mas que diferença pode fazer, ficar ali um pouco mais, pensando? - alguém poderia questionar.

A diferença está na importância de parar para analisar todos os eventos de nossos dias.

No hábito da reflexão, extraindo dos acontecimentos sempre um saber a mais.

Será que estamos sabendo parar um pouco para pensar em cada evento de nosso viver?

Será que na maioria das vezes não agimos como os espectadores apressados, que não têm tempo para refletir?

Será que não estamos saindo muito cedo de nossas salas de projeção diárias?

Imagine ficar um pouco mais na cadeira, pensando naquele entardecer passado ao lado de alguém que você ama...

Imagine ficar um pouco mais na cadeira, curtindo aquele nascer de sol especial de uma manhã de trabalho...

Imagine ficar um pouco mais, acompanhando as peripécias de seu filho, aprendendo a andar, a falar, a abraçar...

Imagine permanecer, por alguns segundos que seja, lembrando das palavras de afeto, das risadas, trocadas com algum amigo numa noite qualquer...

Imagine a vida sem a pressa que lhe atribuímos, e com a qual acabamos por nos acostumar...

Experimente lembrar disso tudo na próxima vez que você estiver numa sala de cinema.

Procure as pessoas que ficam um pouco mais, e quem sabe, com alegria verá que você é uma delas.

Bem, na verdade você poderá começar a pensar sobre isso agora mesmo, depois que estas palavras chegarem ao fim, e escolher o tipo de pessoa que é:

aquela que sairá apressada, mudará de estação, esquecerá de tudo;

ou aquela que irá ficar com estes dizeres um pouco mais, pensando, refletindo.

Pense nisso. E no mais, vamos que vamos ETA nóis.

sábado, 14 de setembro de 2019

UM BOM DIA MAIÚSCULO (Por Pedro Machado)


Quase todos nós costumamos iniciar o dia nos dirigindo àqueles com quem moramos, trabalhamos ou estudamos, com duas palavras, quase mecânicas: 

Bom dia. 
Será que realmente paramos para pensar no que falamos? Será que nos esforçamos para viver um bom dia e para proporcionarmos aos outros o mesmo? 


Talvez um verdadeiro bom dia seja aquele no qual nossos primeiros pensamentos sejam os de agradecer a noite dormida, e a oportunidade de acordar para um novo dia. Esses pensamentos, na forma de uma oração silenciosa, podem ser feitos enquanto nos levantamos, enquanto colocamos a água para o café, enquanto acordamos nossos familiares. 


Um bom dia pode começar com uma simples e adequada refeição, em respeito ao nosso corpo que dela precisa, sem correrias ou jejuns tão prejudiciais à saúde. Que tal, ao invés do rádio, com notícias por vezes inquietantes, abrirmos a janela para vermos, nós mesmos, como está o tempo? Seja a chuva tão necessária, ou o sol tão acolhedor, recebidos por nós com um sorriso. Ao invés de enfrentar o trânsito, que façamos parte dele, entendendo que assim é a vida na cidade. 


Ninguém precisa reagir às atitudes erradas dos outros, apenas entendamos que eles ainda não evoluíram nesse item. Eu mesmo tenho que melhorar muito nisso, reconheço. Se usamos o transporte coletivo, procuremos ser gentis com todos, com destaque para os mais velhos e com quem necessita de atenções especiais, não agindo como parte de uma massa, mas, sim, como um indivíduo. 


Um bom dia, no trabalho ou no estudo, significa dedicação, mesmo que a tarefa não nos agrade. Cumpramos nossa obrigação com alegria. Sejamos um exemplo. Um bom dia no trabalho ou no estudo pode significar ajudar alguém, afinal, talvez amanhã precisemos ser ajudados. Um bom dia no estudo significa respeitar o professor que, naquele momento se dedica a nós, e aproveitar ao máximo o aprendizado. 


Um bom dia continua, em nossa volta para casa, com gentileza e paciência, sem reclamações sobre a lentidão nas ruas, ou sobre a demora do ônibus. Uma boa leitura, ou uma música de qualidade podem ser uma opção. De volta ao convívio com os familiares, perguntemos a eles como foram suas atividades, e como eles estão.


Façamos as refeições juntos, sem televisão, computador ou telefone interrompendo nosso diálogo. Um bom dia pode terminar com uma boa leitura ao invés de noticiários inquietantes, novelas com mensagens distorcidas, ou programas que nada nos tragam de bom e que servem apenas para passar o tempo. 


Devemos relaxar, sim, ao final do dia, mas o façamos de modo edificante, entendendo que todos os momentos devem ser aproveitados. Um bom dia pode ser finalizado com uma reflexão do que fizemos de bom, do que poderíamos ter feito diferente, do que fizemos para fazer a diferença. 


E, enfim, que o dia termine com uma oração, agradecendo as oportunidades que tivemos, e pedindo por uma boa noite de repouso, certos de que o próximo será, novamente, um ótimo dia! Pensemos nisso. E no mais vamos que vamos, ETA nóis. E UM BOM DIA A TODOS VOCÊS.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

O QUE MAIS DESEJA UMA MULHER (Por Pedro Machado)


Narra uma lenda que um príncipe poderoso caiu em mãos inimigas que decidiram tirar-lhe a vida, condenando-o à forca.

Dada sua linhagem nobre, o rei dos inimigos lhe propôs um acordo. Se ele conseguisse decifrar um certo enigma, sua vida seria poupada. Para isso, concedeu-lhe a liberdade de procurar a resposta por três dias.

Com a pergunta lhe fervendo na cabeça, o príncipe começou a buscar, entre os habitantes do lugar, quem o pudesse ajudar a encontrar a solução.

A pergunta era: O que mais deseja uma mulher?

Ao final do terceiro dia, já desanimado e antevendo sua morte na forca, o príncipe encontrou uma mulher muito feia. Na boca, somente dois dentes. Os cabelos desgrenhados. As vestes sujas. Era chamada por todos, pelo seu aspecto horrível, bruxa.

Ela disse que tinha a resposta. Mas exigia que, tendo salva a vida, ele voltasse e casasse com ela.

Não desejando morrer, ele consentiu e ela lhe disse: O que mais deseja uma mulher é ter soberania sobre a sua vida.

Com a resposta, o príncipe teve poupada a sua vida e voltou para casar com a bruxa. Não queria, mas tinha prometido. Triste destino o meu, pensava. Casar com uma bruxa.

Entristecido, na noite de núpcias, sentou-se na cama aguardando a noiva de horrível aspecto. Qual não foi sua surpresa quando ela se apresentou belíssima, num vestido branco, com cabelos louros, olhos azuis brilhantes e um sorriso perfeito.

Como pode? - perguntou o príncipe.

Esqueci de lhe falar que, durante o dia, eu sou bruxa e à noite viro uma linda mulher. Agora, você pode escolher: quer que eu seja bruxa de dia ou de noite?

Ele olhou para aquela figura maravilhosa e disse: Deixo à sua escolha.

A noite foi extraordinária. No dia seguinte, ao raiar do sol, o príncipe abriu os olhos e surpreso, viu deitada ao seu lado, a jovem maravilhosa da noite anterior.

Como? - perguntou ele. Você não disse que durante o dia virava bruxa?

Meu amor, falou ela, como você deixou que eu decidisse sobre o que quisesse ser e quando quisesse, eu decidi ser donzela de dia e de noite. Lembra que eu lhe falei que o que mais deseja uma mulher é a soberania sobre a sua vida?

É meus caros amigos, no mundo existem pessoas assim. Fora do lar, no contato com as pessoas são excelentes. Gentis, atenciosas, ponderadas.

Basta que adentrem o lar para se tornarem déspotas. Gritam, exigem, magoam. Acreditam que o seu lar é seu reino e ali tudo podem fazer, sem limites.

Também existem as criaturas que no campo profissional, no trato social são ríspidas, grosseiras, exigentes em demasia.

E, no entanto, com a esposa, os filhos são dóceis, educados, prestativos.

O que ser, como ser e quando ser é decisão individual. Mas quando optarmos por sermos bons o dia todo, em todo lugar, com todas as pessoas, o mundo se tornará um lugar muito melhor para viver, amar e ser feliz. Pense nisso, e no mais vamos que vamos ETA nóis.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

RAÇA DE VÍBORAS (Por Pedro Machado)


Existem pessoas que se confundem ao meio em que vivem a tal ponto que perdem a própria identidade. É a esse tipo de criaturas que Jesus chama raça de víboras. 

Pelo mimetismo, capacidade que certos animais possuem de tomarem a cor e a configuração dos objetos em cujo meio habitam, a víbora se confunde, por assim dizer, ao meio, tornando difícil a sua localização. 

Muitos de nós, em situações adversas, preferimos nos deixar confundir com o meio do que sermos taxados de piegas ou moralistas indesejáveis. Se estamos no meio dos corruptos, aplaudimos a corrupção. 

Se nos encontramos entre os viciados, apoiamos o vício. Se estamos com os sexólatras, louvamos a sexolatria. Se estamos rodeados por pessoas honestas e dignas, enaltecemos a honestidade e a dignidade. 

Falta-nos a coragem moral para nos posicionarmos de conformidade com a nossa consciência, independente do meio em que nos achemos. Como cristãos, sabemos qual é a postura correta, mas preferimos nos deixar levar pela maioria pensando enganar a própria consciência. 

Esquecemos a recomendação do Homem de Nazaré: "Seja o seu falar sim, sim, não, não." "Todo mundo faz"! Este é o argumento com o qual alguns de nós tentamos justificar os atos indignos. 

No momento em que Jesus se refere aos fariseus como raça de víboras, enfatiza também que todo pecado ou blasfêmia nos serão perdoados, exceto os cometidos contra o Espírito, contra a consciência. 

O que o Cristo quis dizer é que os equívocos cometidos por ignorância, não serão contabilizados pelas Leis Maiores como infração, mas como tentativa mal sucedida. Mas as infrações cometidas com conhecimento de causa, ou seja, contra a consciência, essas não serão perdoadas, e o infrator responderá por elas diante das Leis que regem a vida. 

Assim, a desculpa de que todo mundo faz, não nos isentará da responsabilidade pessoal, pois a cada um será dado conforme suas obras, e não conforme as obras da maioria, pois o mérito ou demérito são individuais e intransferíveis. 

Dessa forma, por mais que tentemos nos confundir com o todo ou com a maioria, não impediremos que as Leis Divinas nos localizem e registrem as nossas mais secretas intenções. 
Deixemos o mimetismo para os animais e tomemos a postura cristã onde quer que estejamos, sem receio. Sejamos firmes em nossas decisões nobres, sem nos preocuparmos em agradar as massas, mas com a única preocupação de agradar a Deus. Pense nisso, e vamos que vamos, ETA nóis.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

MAIOR ABANDONADO (Por Pedro Machado)

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Bom dia amigos. Esse texto é para todos os homens que, em um determinado momento de suas vidas, se despiram do papel de pai e abandonaram seus filhos. Aos homens que se separam de suas esposas e de seus filhos. O que é ser pai para vocês? Aparentemente, pagar uma pensão mensal (ou não) e dar uns telefonemas de vez em quando. É postar foto bonitinha no facebook em um final de semana raro de visita. Para outros, ser pai não significa absolutamente nada. Esses são os que abandonaram os seus filhos.

Vocês perderam um grande aprendizado na vida. Perderam a oportunidade de ensinar seu filho a dar os primeiros passos. Perderam noites de sono recompensadas com sorrisos e aquele cheirinho incrível de bebê.

Vocês, que após a separação, acharam que não tinham mais obrigações na educação de seus filhos. Que não podem dar conta de suas novas esposas e seus antigos filhos. Eles não se enquadram mais em suas vidas, não é mesmo? É uma pena que vocês não enlouqueceram com a lição de casa, os trabalhos escolares, as brigas e amores com os amiguinhos, a falação sem parar após a escola, as febres, vômitos, contas a pagar. 

Sinto muito se ficar com seu filho no seu dia de folga é chato para vocês. Se vocês nem sabe o nome do filho que abandonaram nas mãos de uma mulher que precisou ser forte e criar um ser humano e um futuro cidadão sozinha. Que pena que vocês não lembram a data de aniversário da sua criança. E nem vão saber quando ela entrar em uma faculdade ou passar dificuldades na vida. Não é para o colo de vocês que seu filho vai correr quando precisar chorar. Ufa, né? Não é o carinho dele que vocês vão sentir depois de tomar várias rasteiras da vida. 

É uma pena, caros homens que só são pais em uma certidão de nascimento (às vezes nem isso), que vocês não possam ter nada disso que foi dito. Nem a parte boa nem a parte ruim. Vocês não saberão o que é amor incondicional. O que é ter um companheiro pro resto da vida que vai te amar com todas as forças que ele tem. 

Mas sabem, fiquem tranqüilos. Seus filhos crescerão saudáveis, inteligentes, com alguns traumas, mas nada que vá fazê-los se tornarem pessoas fracas. Muito pelo contrário. Sabe por que? Porque vocês deixaram seus bebês com mães. Mães de verdade. Que às vezes sentem vontade de fugir, se trancam no banheiro pra chorar, ficam exaustas e irritadas com os choros, as manhas, as malcriações. Essas mães conseguem ter os mais variados sentimentos e ainda assim amar tanto seus filhos e se tornarem a mulher-maravilha por eles. 

Então fiquem descansados. Seus filhos serão bem cuidados. E vocês continuarão livres e despreocupados. E vcs, querem saber, FODAN-SE.

Parabéns a minha sobrinha querida e guerreira Cintia Machado, mãe, pai e tudo que um filho precisa e muito mais, Amo vc menina. E no mais, vamos que vamos, ETA nóis. 

quarta-feira, 15 de maio de 2019

VENCENDO AS TEMPESTADES DA VIDA (Por Pedro Machado)


Há noites muito escuras em que o vento violento e ruidoso traz a tempestade inclemente. Os trovões e os relâmpagos invadem a madrugada como se fossem durar para sempre. Não há como ignorar os sentimentos que tomam de assalto nossos frágeis corações.

O medo e a incerteza tiram nosso sono, e passamos minutos infindáveis, imaginando o pior, temerosos de que o céu possa, de um momento para o outro, cair sobre nossas cabeças. Sem, no entanto, qualquer aviso, o vento vai se acalmando, as gotas de chuva começam a cair com menos violência e o silêncio volta a imperar na noite.

Adormecemos sem nos dar conta do final da intempérie, e quando acordamos, com o sol da manhã a nos beijar a fronte, nem sequer nos recordamos das angústias da noite. Os galhos caídos na calçada, a água ainda empoçada na rua, nada, nenhum sinal é suficientemente forte para que nos lembremos do temporal que há poucas horas nos assustava tanto.

Assim ainda somos nós, criaturas humanas, presas ao momento presente. Descrentes, a ponto de quase sucumbir diante de qualquer dificuldade, seja uma tempestade ou revés da vida, por acreditar que ela poderia nos aniquilar ou ferir irremediavelmente.

Homens de pouca fé, eis o que somos. Há muito tempo fomos conclamados a crer no amor do pai, soberanamente justo e bom, que não permite que nada que não seja necessário e útil nos aconteça. Mesmo assim continuamos ligados à matéria, acreditando que nossa felicidade depende apenas de tesouros que as traças roem e que o tempo deteriora.

Permanecemos sofrendo por dificuldades passageiras, como a tempestade da noite, que por mais estragos que possa fazer nos telhados e nos jardins, sempre passa e tem sua indiscutível utilidade. Somos para Deus como crianças que ainda não se deram conta da grandiosidade do mundo e das verdades da vida.

Almas aprendizes que se assustam com trovões e relâmpagos que, nas noites escuras da vida, fazem-nos lembrar de nossa pequenez e da nossa impotência diante do todo. Se ainda choramos de medo e não temos coragem bastante para enfrentar as realidades que não nos parecem favoráveis ou agradáveis, é porque em nossa intimidade a mensagem do cristo ainda não se fez certeza.

Nossa fé é tão insignificante que ante a menor contrariedade bradamos que Deus nos abandonou, que não há justiça. Trata-se, porém, de uma miopia espiritual, decorrente do nosso desejo constante de ser agraciados com bênçãos que, por ora, ainda não são merecidas.

Falta-nos coragem para acreditar que Deus não erra, que esta característica não é dele, mas apenas nossa, caminhantes imperfeitos nesta rota evolutiva. Falta-nos humildade para crer que, quando fazemos a parte que nos cabe na tarefa, tudo acontece na hora correta e de forma adequada.

As dores que nos chegam e nos tocam são oportunidades de aprendizado e de mudança para novo estágio de evolução. Assim como a chuva, que embora nos pareça inconveniente e assustadora, em algumas ocasiões, também os problemas são indispensáveis para a purificação e renovação dos seres.

Por isso, quando tempestades pesarem fortemente sobre nossas cabeças, saibamos perceber que tudo na vida passa, assim como as chuvas, as dores, os problemas. Tudo é fugaz e momentâneo. Mas tudo, também, tem seu motivo e sua utilidade em nosso desenvolvimento. Pensemos nisso, E no mais vamos que vamos, ETA nóis.