A nossa sociedade gravita em torno de 3 eixos(Dinheiro, Sexo e Poder). Muito poucos são os que não se deixam cair em nenhuma das reais tentações do aparente.
O culto destas dimensões imediatas da identidade remete para planos secundários todas as categorias interiores que a estruturam e consubstanciam, dispensando ponderação e reflexão, abrem alas a uma preguiça estranha que se contenta com o superficial. Quase uma animalidade consentida, mas sem sentido.
O dinheiro é o que parece mover com mais eficácia o mundo, o que diz mais do mundo do que das contas bancárias. Quantificação simples de um tipo de sucesso que explora mais do que eleva, o dinheiro não se torna; nem mesmo em quantidades desproporcionadas, numa riqueza, uma vez que a riqueza será o que dignifica e engrandece, jamais o seu contrário.
O sexo, fazendo parte da vida, não é, contudo o mais importante. O hábito consome-se com tremenda rapidez, e o corpo é apenas uma ínfima parte do que somos o albergue temporário de uma interioridade composta por tantas vezes, tenebrosas podridões, vulgaridades comuns e, por vezes também, belezas indescritíveis. Felizmente, o ser humano é capaz de ver para bem mais longe do que a vista alcança, e ver o outro através do seu corpo.
O poder atrai e corrompe, muito antes de ser atingido. Promete o que há de melhor pela amplificação da liberdade, mas como não dá nunca o discernimento essencial às escolhas que determinam os passos que nos aproximam da felicidade, ilude enquanto afoga quem se julga por ele abraçado.
Dinheiro, sexo e poder são promessas vãs. Chegam a conjugar-se a fim de escravizar mais eficazmente quem parece amar a sua própria desgraça. São muitos os que desperdiçam a sua única vida em busca do que não presta. É sempre trágico, mas não deixa de ser justo. Se você busca só isso na sua vida, reflita. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.
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