Nada é mais importante na vida do que as pessoas. As coisas têm o valor que lhes damos. E o valor muda com o tempo e as convenções sociais. Em tempos antigos, o sal era tão precioso que se pagavam funcionários com ele. De onde, inclusive, surgiu a palavra salário. Depois, os homens foram convencionando, no transcorrer do tempo a considerar este ou aquele metal mais precioso.
De um modo geral, aquele mais raro naquele momento. Hoje, a preocupação é ter carro do ano, tapetes importados, roupas de grife. E existem pessoas que fazem coleções de objetos, livros, selos, perfumes.
O importante é amontoar, ter bastante para mostrar com orgulho, como se fossem troféus conseguidos à custa de grandes esforços. No entanto, quando a enfermidade chega, quando a solidão machuca, nenhum objeto, por mais precioso, por mais que o prezemos, conseguirá espantar a doença, diminuir a solidão.
São as pessoas com seu carinho, sua ternura, seus gestos simples, traduzindo amizade, ternura, afeição que nos conferem forças para aguentar a dor e para espantar a solidão. São as pessoas que nos dão calor com seu aperto de mão, seu abraço, sua presença, seu olhar. São as pessoas que fazem a grande diferença em nossas vidas.
O afeto é como o sol. Surge silencioso e ilumina tudo com seus raios, espalhando luz e calor. Ninguém pode viver sem afeto. Pode ser o amor de marido, de mulher, de um irmão. O carinho de um amigo que se candidata a tutor da nossa vida afetiva. A ternura de alguém com que nos defrontamos na jornada das dores e que nos oferece as flores delicadas de sua atenção.
De tudo que há na terra para se gostar, nada faz mais feliz o homem do que o amor que receba, do amor que compartilhe, do amor que doe. Pense nisso, e no mais vamos que vamos, ETA nóis.
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