quarta-feira, 31 de outubro de 2018

AFINAL SOMOS HOMENS OU FERAS


Conta-se que dois homens andavam juntos pela estrada, quando um deles percebeu que uma vespa se debatia aflita, dentro de uma pequena poça d´água. 

O homem parou, abaixou-se e com a própria mão retirou-a da água. O inseto, assustado, aplicou-lhe uma ferroada no dedo. O homem, ao sentir a dor fez vibrar a mão e a vespa caiu novamente na água. 

Contudo, ele não desistiu. Apanhou um galho seco e novamente retirou o inseto da poça, salvando-lhe a vida. O companheiro, impressionado com a ação do amigo, perguntou: 

Por que você fez isso? A vespa o picou e ainda assim você a salvou? O homem ponderou: 

Os animais têm reações próprias quando se sentem ameaçados. É o instinto. Mas nós, que somos racionais, devemos ter um comportamento distinto, caso contrário, estaríamos agindo conforme um irracional. 

Quando pisamos, sem querer na pata de um animal, este naturalmente, obedecendo ao instinto, desfere um coice, uma chifrada ou uma mordida. A isso chamamos reação. O animal reage. O homem deve agir, pois é racional. 

Apesar da singeleza da história podemos extrair dela grandes ensinamentos. Às vezes, quando lemos os jornais, nos deparamos com fatos que nos deixam dúvidas quanto à racionalidade de alguns comportamentos. 

Já houve notícias a respeito de um motorista que desferiu vários tiros em outro veículo que lhe cortou a frente, como vulgarmente se diz, e assassinou uma das passageiras, que estava no banco traseiro do carro. 

Outra notícia informa que, por causa de uma barbeiragem de um motorista, outro motorista, que se sentiu prejudicado, saiu do carro com um martelo na mão e lhe desferiu vários golpes na cabeça. 

Chegam notícias também dos campos de futebol, das agressões físicas, das pessoas que se enfrentam a chutes e pontapés. 

Vemos pela televisão as pessoas se atracarem umas contra as outras diante das câmeras, quando se reúnem para votar leis ou decidir sobre o destino do país. E isso também ocorre nos países ditos de Primeiro Mundo. 

Nós nos perguntamos: somos homens ou feras? Será que realmente podemos nos dizer racionais? 

Já nos encontramos no século XXI e ainda não conseguimos lançar da nossa intimidade a ferocidade. Não conseguimos fazer jus à denominação de homo sapiens, dada pelos cientistas, que quer dizer homem que pensa. Ora, pensar é raciocinar, é usar a razão. 

O que é mais triste... Grande parte dessas pessoas se diz cristãs. 

E nós nos recordamos dos ensinamentos do Cristo de amar o próximo como a nós mesmos, de fazer ao próximo o que gostaríamos que o próximo nos fizesse. 

O Mestre, que muitos dizem seguir, quando estava de mãos atadas, em julgamento arbitrário, foi esbofeteado por um soldado. 

Embora ainda lhe restassem os pés soltos, Jesus não reagiu. Ao contrário, disse serenamente ao seu irmão equivocado: Se Eu errei aponta meu erro. Mas se não errei, por que me bates? 

Mostrar a outra face é justamente mostrar o outro lado da situação, de conformidade com a ação do Cristo, se estivesse no nosso lugar. 

Quando a esposa de Sócrates, o filósofo grego, soube que iriam obrigá-lo a beber cicuta, disse- lhe: Mas você é inocente! 

Sócrates, no entanto, respondeu com sabedoria: E você preferiria que eu fosse culpado? Quis com isso dizer que é preferível sofrer a cometer uma injustiça.

Pense nisso, e no mais vamos que vamos ETA nóis.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

DEUS NÃO TEM RELIGIÃO


Não houve na História da Humanidade cultura alguma que não tivesse nos seus valores o entendimento de Deus.

As formas de interpretação da Divindade variaram às centenas, porém, nenhum povo houve que negasse a existência de uma força maior a comandar os desígnios do Universo.

Quantos são os caminhos para encontrar Deus? De quantas estradas é feito o nosso trilhar para entender as coisas de Deus? Quais são os caminhares que nos levam a Deus? 

Assim, crer na existência de Deus transcende o aspecto cultural e se insere na essência do sentimento humano de que existe um Criador a gerar a vida, do macro ao microcosmo. 

E, ao longo da História, vários foram os ensaios para se explicar e entender Deus. 

Seja o deus castigo e vingança das civilizações antigas, ou o deus concebido em forma humana, como nas mitologias greco-romanas, ou ainda o deus natureza dos celtas, sempre foram tentativas do homem de entender Deus. 

E hoje, como entendemos Deus? Provavelmente as suas respostas e explicações acerca da Divindade estão pautadas em uma explicação doutrinária ou religiosa. 

E é exatamente para isso que as religiões se estruturam: para nos ajudar a redescobrir Deus, Suas Leis, Seus desígnios e para Ele nos voltarmos. 

Desta forma, podemos entender a religião não como um fim e sim um meio. O meio que encontramos para entender Deus e tê-Lo na nossa vida diária. 

E, sendo a religião o meio que usamos para reencontrar Deus, é natural que cada um de nós tenha necessidade de um caminho que seja coerente e próprio em relação ao seu amadurecimento emocional, seus valores e conceitos. 

Por isso, cada um de nós escolhe essa ou aquela escola religiosa, esse ou aquele caminho para chegar a Deus. 

Porém, para Deus, todos os caminhos que levem a Ele são dignos de respeito. Toda doutrina, toda religião que nos torne melhores, é válida. 

Além disso, devemos lembrar que a religião por si só não basta em nossa vida. Como também, para sermos pessoas de bem, a religião não é imprescindível. 

Há inúmeras pessoas que, sem professarem nenhuma religião, têm uma vida de respeito ao próximo, de conduta ilibada, de retidão de caráter inquestionável. 

E outras, apegadas a essa ou aquela escola religiosa, se mostram só preocupadas com a externalidade da religião, cuidando muito pouco do seu mundo íntimo. 

Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a entender as Leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo, essa é a melhor religião para nós. 

Porém, se ainda nos vinculamos a uma religião, preocupados com o que os outros estão vendo ou pensando, somente para satisfazer vaidades ou expectativas nossas ou de outros, há que se repensar como estamos construindo nossa relação com Deus. 

O mais significativo para nós deve ser perceber que a religião que adotamos é o meio que encontramos de construir a religiosidade em nós, do entendimento de Deus, respeitando o próximo nos caminhos que ele escolher para compreender Deus e trazê-Lo para dentro de si. Pense nisso, e no mais vamos que vamos, ETA nóis.

domingo, 28 de outubro de 2018

MALEDICÊNCIA


Esta na moda a mania  de maldizer o semelhante. Qual a razão última dessa mania de maledicência? É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade. Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio. 

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros. Esses homens julgam necessário apagar luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz. 

São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca. Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar. 

Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros. Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria. 

"As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência. Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor - algo parecido com whisky, gin ou cocaína - que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia." 

A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente. Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras. Fala-se muito por falar, para "matar tempo". 

A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta. Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades. Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra. 

Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel. Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste. 

Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas. Pense nisso! 

Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas. Evitemos a censura. A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno. Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente. 

Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz. Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina.

Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração". Pensemos nisso. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.

sábado, 27 de outubro de 2018

AUTO ESTIMA


O respeito pela vida abrange o sentimento de alta consideração por tudo quanto existe. Não apenas se detém na pessoa, mas sim em todas as expressões da natureza. Quando não existe essa manifestação, os valores éticos se enfraquecem e todos os anelos superiores perdem a significação. 

A criatura humana, impulsionada por ilusões da conquista do sucesso aparente, tem-se esquecido disso, sem se dar conta da gravidade de tal atitude. O egoísmo avassalador tem controlado os sentimentos, impondo o seu interesse em detrimento de todos os valores mais dignos. 

Os membros da sociedade têm sido separados lamentavelmente, dividindo-se em classes medidas pelos recursos sociais, econômicos, porém nunca morais. Surge, então, um inevitável abismo entre os seres. 

Reações de animosidade convertem-se em ódios insanos, abrindo campo para as batalhas da violência doméstica e urbana. Mais adiante, apresentam-se como atos de terrorismo e como guerras nefandas. 

Alguns acreditam que possuindo dinheiro e desfrutando de projeção política ou social, serão capazes de conseguir afeição e companheirismo. Amargo engano. Afeto e amizade não se compram, nem tampouco se impõem. Alguns deixam-se seduzir por esses recursos transitórios. 

Iludem-se pensando que a criatura pode ser confundida pelo que possui e não pelo que realmente é. Essas fantasias, porém, são passageiras, porque as riquezas trocam de mãos rapidamente. A beleza e o poder não adornam por longos anos as mesmas frontes. 

Tocadas pela brisa do tempo, elas desaparecem a olhos vistos, e cedem lugar à verdadeira essência dos seres. Ninguém consegue ser feliz individualmente no deserto por onde perambula. Tentando ignorar essa verdade, muitos valem-se de subterfúgios infelizes. 

Buscam no álcool, nas drogas químicas, na baixeza emocional e sexual, a fuga da solidão e do desconforto em que vivem. Eis aí outro equívoco que leva as pessoas a tragédias ainda mais dolorosas. 

A vida só se faz digna e próspera, quando se estrutura na pedra fundamental do respeito. O respeito pela vida eleva o padrão de conduta, dignificando aqueles a quem é direcionado e elevando moralmente quem o observa. 

A honestidade, por sua vez, indispensável no sucesso dos relacionamentos humanos, proporciona confiança e bem-estar aos seres. Elabore uma lista de desafios íntimos que o levam a situações embaraçosas. Trabalhe item a item, cada dia, experimentando as indescritíveis alegrias que decorrem do respeito pela vida. 

Você redescobrirá o amor e a satisfação de repartir e de compartilhar as alegrias com o próximo. Constatará o resultado decorrente da renovação íntima a que você se dispôs a realizar. Respeitando a vida, você passará a ser respeitado e estimado por todas as expressões dela própria. 

Notará em você mesmo a indescritível satisfação de estar em paz com a própria consciência. Lembre-se: a vida é sublime concessão de Deus e jamais poderá ser desconsiderada, por quem quer que seja. Pense nisso. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

ILUSÃO


No dicionário Ilusão é um substantivo feminino cujo significado é:
Erro de percepção ou de entendimento; engano dos sentidos ou da mente; interpretação errônea. 

Grande número de pessoas gasta boa parte do seu tempo em esforços inúteis e desnecessários. Pois é! Uns gastam horas tentando fazer com que os outros aceitem suas idéias na marra. Outros perdem horas de sono pensando no que irão dizer no dia seguinte, numa conversa que talvez nem acontecerá. 

Tem aqueles que se detém por longo tempo alimentando ilusões. Existe pessoas que gritam através do que escrevem, e os gritos não servem para nada; eles não educam! Eles ensurdecem o coração, bloqueiam o pensamento, destroem o respeito e tornam você violento. 

Isso prova que fazemos esforços inúteis ou até prejudiciais ao nosso bem-estar. Prepare-se para uma vida de melhor qualidade. Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento. 

Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado, estressado  e perder o melhor. A rigidez é boa na pedra, não no homem. Ao homem cabe firmeza, o que é muito diferente. E acredite, você é o que fizer de você mesmo. 

Dizem que nascemos apenas uma vez, pura ilusão! Nascemos a cada dia e a cada momento que somos realmente humildes ao ponto de reconhecermos nossos próprios erros e transformá-los em aprendizado para que possa renascer dentro de cada um de nós um ser humano melhor. E no mais, vamos que vamos, ETA nóis. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

RESPEITO


Respeito foi definido por alguém como a capacidade do ser de se importar com o sentimento do outro. Talvez seja esta a mais completa das definições. 

Normalmente, quando nos sentimos ofendidos, desprezados, dizemos apreciar o respeito. Mas, será que respeitamos os demais? 

É fácil sabermos. Basta que nos perguntemos se somos daqueles que marcamos horário com o médico ou o dentista e, na última hora, por questões de pouca importância, telefonamos desmarcando, sem nos preocuparmos com a agenda do profissional e, muito menos, com eventuais clientes que estariam aguardando em lista de espera por aquela hora que agora não será aproveitada por ninguém. 

Acaso somos daqueles que apreciamos estabelecer preço para os serviços profissionais alheios? Somos dos que pensamos que tal ou qual profissional liberal ganha demais e pode nos fazer um grande desconto? 

Mais do que isso. Alguns de nós dizemos, de maneira desrespeitosa, que o seu trabalho não vale mais do que a quantia que estipulamos. 

Desrespeitamos o esforço que o profissional fez para chegar onde se encontra, desconsiderando as inúmeras noites que passou estudando, os plantões intermináveis e exaustivos, as horas de pesquisa. 

Não levamos em conta, inclusive, os custos financeiros para completar o curso, para prosseguir no seu aperfeiçoamento, mestrado, doutorado. 

Desrespeitamos o trabalho do outro toda vez que lhe dizemos que seu ganho é fácil e rendoso, enquanto o nosso é árduo. 

Há falta de respeito sempre que desconfiamos dos outros baseados somente em nossa má fé ou má vontade. 

E, no trato com outros profissionais, como os domésticos, jardineiros, pedreiros, carpinteiros, quanta vez os desrespeitamos. 

Sempre que estabelecemos jornadas de trabalho muito longas, que exigimos cumprimento de tarefas além do que se considera humanamente possível, que submetemos o outro a situações humilhantes, o estamos desrespeitando. 

O respeito deve ser a atitude de todo cristão para com o seu semelhante, seja ele superior ou inferior a si, na escala social e nos degraus da instrução. 

Afinal, somos todos membros de uma única família, criados pelo mesmo Deus, nosso Pai. 

Acreditemos que, se não aprendermos a respeitar o nosso semelhante, desde as mínimas coisas, não estaremos agindo dentro da Lei de justiça, amor e caridade. 

Nas linhas do respeito, atentemos para a natureza que nos cerca. 

E, ensinando valores aos nossos pequenos, iniciemos desde cedo a lhes falar do respeito a tudo que nos rodeia e serve. Falemos-lhe do respeito que nos merecem os animais, as árvores, as flores, os jardins. 

E, então, bem mais fácil lhes será entender, na sequência, o respeito aos seres humanos, familiares, idosos, professores, serviçais e os que pensam diferente de nós. Pensemos nisso. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

RAZÃO


Grande parte dos desentendimentos entre as pessoas, na vivência diária, é resultado de cada um defender o seu ponto de vista sem se permitir ver as coisas sob o ponto de vista do outro. Todos querem ter razão, sem abrir mão da sua verdade. 

No entanto, tudo seria mais fácil se admitíssemos a possibilidade de o outro estar certo. As pessoas são individualidades que trazem consigo possibilidades muito próprias no entendimento de coisas e situações. 

Por essa razão, não podemos exigir que os outros vejam com os nossos olhos, nem que pensem com a nossa mente. Se todos compreendessem esses detalhes importantes na vida de relação, certamente evitaríamos grande parcela de dissabores e discussões inúteis. 

Todas as flores são flores, mas o gerânio não tem as características do cravo e nem a rosa as da violeta. Todos os frutos são frutos, mas a laranja não guarda semelhança com a pêra. Além disso, cada flor tem o seu perfume original, tanto quanto cada fruto não amadurece fora da época prevista.

Assim também é com as criaturas. Cada pessoa respira em faixa diversa de pensamento. É justo que nos detenhamos na companhia daqueles que sentem e pensam como nós, entretanto, é caridade não violentar a cabeça daqueles que não comungam das nossas idéias. 

Pensemos nisso! Vamos ser menos agressivos, e digo aqui, gosto de todos os meus amigos, independente de tudo o que discordarem de mim. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

MUITO ALÉM DAS APARÊNCIAS


Dizem que quem vê cara não vê coração. Quantas vezes nós vemos, sentimos e agimos de maneira oposta à que deveríamos, por não perceber a realidade que está por trás da cena. 

No mundo conturbado em que vivemos, pensando quase exclusivamente em nós próprios, muitas dores e gemidos ocultos passam despercebidos, e perdemos a oportunidade de ajudar, de estender a mão. 

Por isso, é importante que cultivemos em nós a sensibilidade para perceber a dor oculta e amenizar a aridez da vida ao nosso redor. Geralmente o que fazemos é condenar, sem a mínima análise da realidade de quem está passando por árduas dificuldades. 

No entanto, é tão bom quando alguém percebe nossas dores e sofrimentos que não ousamos expressar... É tão agradável quando alguém nota que estamos atravessando momentos difíceis e nos oferece apoio... 

É tão confortador encontrar alguém que leia em nossos olhos a tristeza que levamos na alma dilacerada, e nos acene com palavras de otimismo e esperança... As pessoas têm maneiras diferentes de enfrentar o sofrimento. Umas se desesperam, outras ficam apáticas, muitas se tornam agressivas, algumas fogem... 

Por tudo isso, não devemos julgar a situação pelas aparências, porque podemos nos enganar. As pessoas se esquecem simplesmente que existimos além das aparências. Pensemos nisso! E no mais, vamos que vamos, ETA nóis.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

OVO OU CAFÉ


Você é uma pessoa forte e decidida que, com a dor e as dificuldades se torna frágil, vulnerável, sem forças? Ou você é como o ovo? Delicado, maleável, casca fina, que, com facilidade se rompe. Ao receber as notícias do desemprego, de uma falência, da morte de um ser querido, do divórcio, se torna uma pessoa dura, inflexível? 

Quanto mais sofre, mais obstinado fica, mais amargo se torna, encerrado em si mesmo? Ou você é como o café, que muda a água fervente, motivo da dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a cem graus centígrados? 

Quanto mais quente a água mais gostoso se torna o café, deliciando as pessoas com o seu aroma e sabor. 

Se você é como o pó de café, quando as coisas vão ficando piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores. 

A dor, em você, tem o poder de o tornar mais doce, gentil, com mais capacidade de entender a dor alheia. Afinal de contas, meu amigo, como é que você enfrenta a adversidade? 

A dor pode ser comparada ao instrumental de um hábil escultor. Com destreza e precisão técnica, ele toma de uma pedra dura como o mármore, por exemplo, e pacientemente a transforma em uma obra de arte, para encanto das criaturas. 

A beleza da pedra só aparecerá aos golpes duros do cinzel, na monotonia das horas intermináveis de esforço e trabalho. 

Assim como a pedra se submete à lapidação das formas para se tornar digna de admiração, somente os corações que permitem à dor esculpir sua intimidade, adquirem o fulgor das estrelas e o brilho sereno da lua.

Cuide para aprender com seus erros, a fim de não repeti-los inúmeras vezes. E também assuma as consequências, boas ou más, de seus atos. 

Repare todos os estragos que eventualmente causar. Pague suas dívidas, peça desculpas, recomponha-se perante seus semelhantes. 

Sem dúvida é necessário algum esforço para reconhecer um equívoco e retificar o próprio caminho. Certamente deseja, algum dia, ser uma pessoa sábia e pacífica. Como ninguém fará o seu trabalho, esforce-se desde já para ser assim. 

Ao se recusar a admitir um equívoco, você retarda a realização de seu luminoso destino. Não se apegue a coisas pequenas, como a vaidade e o orgulho. Tais fissuras morais somente o deixará infeliz. 

Aprenda a fazer o bem sem qualquer interesse pessoal ou sentimento oculto. Ame e respeite a vida, seja nobre e solidário. No início pode ser necessária alguma disciplina. Mas com o tempo você incorporará esse modo de viver e será uma pessoa maravilhosa. Eis uma meta pela qual vale a pena lutar. 

Gosto muito desta frase de Sylvester Stallone(Rocki Balboa), "Ninguém vai bater mais forte que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente, É assim que se ganha." Pense nisso, e no mais vamos que vamos, ETA nóis

domingo, 21 de outubro de 2018

ERROS E ACERTOS


Todos, de repente, consideram-se legitimados a julgar os outros e apontar os seus destinos. A mídia nos indica os padrões em voga. Ídolos passageiros ditam modas, regras e jargões. 

No entanto, segue essa onda desatinada apenas quem quer. Se assim não fosse, seria fácil, pois não teríamos nenhuma responsabilidade pelos nossos atos. Assim, quanto mais esclarecido for o indivíduo, menos desculpável se tornam as suas faltas, uma vez que, com a inteligência e o senso moral, nascem as noções do bem e do mal, do justo e do injusto. 

Quem não se dá ao trabalho de refletir e de manter-se firme em suas convicções pode ser arrastado por essas sandices. Mas esse não é o caso de quem conhece a si mesmo e traça seus próprios objetivos. 

Esses últimos estabelecem seus próprios limites e perseguem seus sonhos com garra e determinação. Suas fragilidades poderão ser motivo de mais empenho e dedicação, mas nunca serão fatores impeditivos impostos por terceiros. Cada qual é responsável por seus próprios erros e acertos. É nisso que reside o mérito de cada ser.  

Toda responsabilidade moral dos atos da nossa vida compete a nós mesmo. Nem poderia ser diferente. Todos nós, sem exceção, possuímos na intimidade a centelha divina, a força capaz de conter os impulsos negativos e fazer vibrar as emoções nobres que o Criador depositou em nós. 

Na hora de votar também, seja você mesmo. Decida você mesmo. Não deixe que os outros decidam por você. Pense nisso com carinho. E no mais vamos que vamos, ETA nóis

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

SERES HUMANOS PENSANTES E ERRANTES

Uma coisa há de se pensar. Para que a vida tenha realmente sentido, é melhor que sintamos com a pele e com o coração o vento e os olhares perdidos no meio da multidão. 

É melhor que consigamos sorrir em meio a lágrimas e tenhamos paz de espírito para continuar caminhando. Para a vida ter sentido, é melhor que o bom senso prevaleça e, acima de tudo, desigualdades sejam postas de lado, e todos sejam tratados como humanos. 

Isso! Humanos, seres que respiram, sentem, ouvem, enxergam,. diferenciam gostos e que amam. Seres pensantes! Para que a vida seja melhor, é melhor que possamos utilizar conhecimentos profundos para o crescimento dos povos e não para o seu deterioramento. 

Para a vida ter realmente sentido, que consigamos fazer com que a criança que sorri hoje não seja a que vá chorar amanhã, seja por falta de amor, dinheiro, afeto, família ou futuro. O sorriso do outro será meu sorriso refletido e, por causa disso, a vida começará a ser mais colorida. 

Para que a vida tenha realmente sentido, espero que o amor que se esvai hoje, não seja o ódio plantado amanhã, nem a árvore da ira e inveja depois de amanhã. Não deixar o coração ser corroído faz um bem enorme pra vida. 

Para que a vida tenha realmente sentido, deixemos a saudade, o carinho, o amor, a palavra bondosa se apossarem de nossos corpos, fluírem em nosso sangue, subirem à cabeça e se tornarem sorriso e atitude eternas. 

Para que a vida tenha realmente sentido, das pessoas que nos rodeiam e para o nosso bem, faz muito bem ter a alma leve e o coração sorrindo. E viva a vida, pense nisso. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.

domingo, 14 de outubro de 2018

OBRIGADO MESTRES


Bom dia amigos queridos. Amanhã sem dúvida um dia muito especial. Dia de uma das profissões mais nobres. “Dia do professor”, dia do Mestre. Mestre verdadeiro é aquele que ajuda a esculpir nas almas as mais belas lições de sabedoria. 

Verdadeiro professor é aquele que toma das mãos do homem, ainda criança, e o conduz pela estrada segura da honestidade e da honradez. O verdadeiro mestre é aquele que segue à frente, sinalizando a estrada com os próprios passos, com o exemplo do otimismo e da esperança. 

Professores que tenham em mente seus deveres cívicos e lembrem que numa democracia todos importam. E que cada um pode fazer a grande diferença, operando mudanças pequenas ou expressivas onde se encontre. Com certeza, professores assim existem. 

E a esses, a nossa grande e especial homenagem. Sobretudo os votos de que não esmoreçam, mesmo ante a indiferença de muitos, ou até observações desestimuladoras de que não vale o investimento. 

Também nosso apelo aos que temos filhos na escola para que nos demos conta do esforço de heróis assim especiais, que se dedicam muito além do dever. Heróis silenciosos nas salas de aula, horas e horas. 

Heróis dedicados em seus lares, preparando aulas, estudando, pesquisando. Heróis que ensinam, que iluminam mentes, que alimentam corações com sua presença afetuosa e esclarecedora. Um parabéns especial a minha Baixinha, Ana Machado, exemplo de dedicação, competência e honradez acima de tudo . E no mais, vamos que vamos, ETA nóis.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

DETALHES


Quando prestamos atenção nos detalhes e aproveitamos cada oportunidade para fazer o bem, estamos construindo o bem comum.  Agindo assim chegaremos à essência da vida. E a essência da vida é o amor. 

Não um amor geral, destituído de significado, mas um amor ativo, criativo e atencioso nos mínimos detalhes. Por isso, se você se importa mesmo com o bem geral, comece por promover a sua melhoria íntima, nos mínimos detalhes. 

Comece a observar suas ações no dia-a-dia e se questione sempre: "Esta minha atitude está contribuindo para que eu me transforme no tipo de pessoa que desejo ser? 

Minha maneira de agir com as pessoas que cruzam o meu caminho está contribuindo para o bem-estar geral?" 

Um único minuto de atenção que damos a alguém pode significar muito para o bem geral. 

Da mesma forma, uma palavra áspera, a indiferença diante da dor de alguém e a falta de atenção podem gerar dissabor em grande escala. 

Por todas essas razões, se você deseja construir um mundo melhor comece a prestar atenção nos detalhes. 

Olhe para dentro de cada coração e descubra ali os valores existentes e use-os para gerar harmonia e bem-estar. 

Um indivíduo que se sente feliz e valorizado, será, certamente, mais um aliado seu para melhorar o mundo. 

Um aliado que irá, tanto quanto você, vislumbrar o imenso horizonte a ser conquistado, a ser cultivado com as flores da amizade, do respeito e da bondade. 

Todas as pessoas que fizeram e fazem a diferença no mundo, cuidaram dos detalhes.

Um olhar de ternura, uma resposta gentil, um pequeno favor, a atenção aos que são desprezados pela maioria, são qualidades das pessoas de bem. 

Assim, se desejamos realmente fazer o bem devemos fazê-lo nos mínimos detalhes... Pense nisso. E no mais, vamos que vamos, ETA nóis.

PROBLEMAS DOS OUTROS



Todo mundo, mais cedo ou mais tarde, experimenta dificuldades e necessita de apoio. Em épocas difíceis, de dor e desolação, um ombro amigo é um tesouro de inestimável valor. Ciente disso, não se negue a apoiar quem precisa de você.

Não banalize suas relações e nem imagine que as pessoas são descartáveis.
Não tenha como meta de vida a despreocupação.
Descubra a ventura de estabelecer vínculos afetivos sólidos e profundos.
Permita-se partilhar os problemas dos outros.

Converta-se em alguém solidário e disposto a colaborar. Quando surgirem problemas em uma relação, resolva-os, como adulto que é. Talvez sua vida se torne um pouco menos despreocupada. Mas ela ganhará em plenitude e maturidade.

O exercício da solidariedade e da compaixão o fará um ser humano melhor. E, com certeza, ser digno e bom lhe proporcionará paz e alegria. Pense nisso. E no mais, vamos que vamos, ETA nois. E como diz um certo repórter, Toca o Barco.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O PRISMA DA VISÃO OU DA CEGUEIRA


Todos vemos no mundo e nas pessoas algo do que somos, do que pensamos, de nossa maneira de ser. Se somos nervosos, agressivos ou pessimistas, veremos tudo pela ótica de nossas tendências, imaginando conviver com gente assim.

Em outras palavras, o mundo tem a cor que lhe damos através das nossas lentes. Se nossas lentes estão escurecidas pelo pessimismo, tudo à nossa volta nos parecerá escuro. Tudo, para nós, parecerá constantemente envolto em trevas.

Se nossas lentes estão turvadas pelo desânimo, o universo que nos rodeia se apresenta desesperador. Assim ocorre em muitas ocasiões com pessoas que têm olhos críticos em demasia. São pessoas que somente conseguem ver os pequenos equívocos, descobrir as falhas.

Pessoas irritadas, sempre descontentes. As lentes dos seus olhos estão assestadas para perceber o que faltou, o que foi esquecido, o que não foi feito. Não se permitem essas criaturas usufruir o belo, o bem, o bom, as bênçãos. São pessoas que andam pelas praças perfumadas, verdejantes, cheias de sol, mas somente conseguem ver o galho quebrado da velha árvore.

Pessoas que vão assistir a um espetáculo de dança, a um concerto e ficam a criticar detalhes de somenos importância, em vez de se deixarem envolver pelo clima da magia da arte. Pessoas infelizes. Pessoas amargas, que acabam afastando amigos, colegas e se tornam solitárias.

Mas, se ao contrário, nossas lentes estão clarificadas pelo otimismo, pelo amor, pela gratidão, sentiremos que em todas as situações há aspectos positivos. Se o entusiasmo é o detergente das nossas lentes, perceberemos a vida em variados matizes de luzes e cores.

A cor do mundo, portanto, depende da nossa ótica. O exterior estará sempre refletindo o que levamos no interior(coração). O otimismo é gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionando ao avanço, à alegria. Cultivando-o nos sentimentos adquirimos visão para perceber o lado bom da vida que nos rodeia.

Pensemos nisso e verifiquemos se não estamos nesse triste caminho dos que não conseguem descobrir a poesia na paisagem de luz, a música nos sons da natureza e a sinfonia da vida, executada magistralmente pelo Excelso Maestro chamado Deus.

Nos céus dos que vivem com otimismo e confiança em Deus, sempre haverá andorinhas bailando no ar prenunciando gloriosas primaveras. E no mais, vamos que vamos, ETA nóis.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

O GAROTO DAS MEIAS VERMELHAS




O garoto das meias vermelhas,

Bom dia amigos. Lí na net este relato que de pronto me colocou a refletir, vamos lá.

"Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito. Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas. Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas. Ele falou, com simplicidade: No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Colocou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas, saberia que o filho era dela. Ora, disseram os garotos, mas você não está num circo. Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora? O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés, talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou: É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso, eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará com ela."
Sabe amigos, existem muitas pessoas na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi. Colocam meias vermelhas, na expectativa de que alguém as identifique, em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração.
São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios, enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais. Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores, ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue.
Têm sede de carinho e fome de afeto. Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura. São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas. Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas, aguardando que alguém identifique as meias vermelhas.
Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas. Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita, do aniversário, da festividade especial. Aguardam... São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa, andam pelas ruas, sempre à espera de que alguém que partiu, retorne.
Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu, nem deu notícia alguma, volte ao lar. São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa, um dia, e esperam o retorno. Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes.
É meus amigos e amigas, o amor, sem dúvida, é lei da vida. Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro. E nem pode aquilatar da qualidade das reações que virão daqueles que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida.
Todos devemos respeito uns aos outros. Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações. Se alguém estiver usando meias vermelhas, por nossa causa, pensemos se este não é o momento de recompor o que se encontra destroçado, trabalhando a terra do nosso coração. Pensemos nisso! Que possamos refletir sobre este conto, e no mais vamos que vamos, ETA nóis.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

BOA PALAVRA


Uma boa palavra auxilia sempre. É lamentável se observar como estamos nos esquecendo de cultivar a boa palavra. Nosso atual vocabulário empobreceu-se muito e, face aos dissabores que nos envolve a vida, primamos por expressar, pela fala, o mau humor e o desânimo que nos assola. 

Basta permanecermos alguns minutos em uma fila de mercado, de ônibus, de banco, para logo se perceber o início das lamentações, das queixas e o desfilar do rosário da infelicidade. Quanta vez, em plena rua, alguém nos aborda, rosto transtornado a solicitar uma informação. Onde fica o Hospital, a Delegacia, o Posto de Saúde? 

De forma mecânica, indicamos a direção correta ou por vezes, alegando pressa, nos escusamos de perder tempo e desviamos da criatura. E, no entanto, é um ser que sofre e talvez bastasse uma palavra amiga, a gentileza de explicar em pormenores, de seguir com ele um trecho do caminho, para lhe amenizar a dor. Digo isto porque li recentemente um artigo na internet que me chamou bastante a atenção, por isso resolvi escrever esse texto.

Conta o artigo que certa vez, um homem ouvia em um templo religioso as advertências do orador: "Falar é dom de Deus. Se abrimos a boca para dizer algo, saibamos dizer o melhor. É preciso aproveitar todas as oportunidades porque, às vezes, desajudamos quando podíamos ajudar." O homem saiu dali e agasalhou a mensagem. Alguns dias depois, nas funções de pedreiro-chefe inspecionava um grande recinto, em fase final de construção, junto com o engenheiro. O enorme salão estava muito bonito. Acabamento esmerado e pintura, primorosa. Vamos experimentar a acústica. - sugeriu o engenheiro. E, virando-se para o pedreiro, lhe pediu: Grite alguma coisa. Saulo, esse era o nome do pedreiro, recordou as lições de dias antes a respeito da palavra e enchendo os pulmões, bradou alto: Confia em Jesus! O som estava muito bem distribuído e agradou a ambos. Passados alguns minutos, adentra a sala um homem de cabelos em desalinho, perturbado, revólver à mão. Quem gritou? Pergunta. Quem mandou confiar em Jesus? Saulo é apontado e o homem a ele se dirige. Da para perceber no olhar a angústia e o desespero. Joga-se nos braços do pedreiro e chora: Obrigado, obrigado, amigo. E porque ninguém conseguisse entender o que estava acontecendo, explica: Eu estava no terreno da construção. Queria morrer. Estava encostando o cano do revólver ao ouvido, quando escutei seu apelo. Sustei o gesto. Estou desempregado há muito tempo e sou pai de oito filhos. Confiar em Jesus. Sim. Eu confiarei. *FIM*.

É meus queridos amigos, é sempre importante falarmos o bem. Mesmo quando pensemos que estamos sós, pois em verdade não estamos. Feliz foi o poeta que disse que o homem tem na garganta uma flauta mágica que pode emitir as mais doces melodias. 

É a voz, talento divino que nos foi dado para o nosso progresso e crescimento dos nossos irmãos e amigos. A guerra nasce da linguagem dos interesses criminosos, insatisfeitos. A língua guarda a centelha divina do verbo através do qual o homem pode erguer o monumento da paz. 

Assim, podemos utilizar a palavra para consolar e edificar os nossos irmãos e amigos. Pensemos nisso com muito carinho, vale a pena. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.