quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O PRISMA DA VISÃO OU DA CEGUEIRA


Todos vemos no mundo e nas pessoas algo do que somos, do que pensamos, de nossa maneira de ser. Se somos nervosos, agressivos ou pessimistas, veremos tudo pela ótica de nossas tendências, imaginando conviver com gente assim.

Em outras palavras, o mundo tem a cor que lhe damos através das nossas lentes. Se nossas lentes estão escurecidas pelo pessimismo, tudo à nossa volta nos parecerá escuro. Tudo, para nós, parecerá constantemente envolto em trevas.

Se nossas lentes estão turvadas pelo desânimo, o universo que nos rodeia se apresenta desesperador. Assim ocorre em muitas ocasiões com pessoas que têm olhos críticos em demasia. São pessoas que somente conseguem ver os pequenos equívocos, descobrir as falhas.

Pessoas irritadas, sempre descontentes. As lentes dos seus olhos estão assestadas para perceber o que faltou, o que foi esquecido, o que não foi feito. Não se permitem essas criaturas usufruir o belo, o bem, o bom, as bênçãos. São pessoas que andam pelas praças perfumadas, verdejantes, cheias de sol, mas somente conseguem ver o galho quebrado da velha árvore.

Pessoas que vão assistir a um espetáculo de dança, a um concerto e ficam a criticar detalhes de somenos importância, em vez de se deixarem envolver pelo clima da magia da arte. Pessoas infelizes. Pessoas amargas, que acabam afastando amigos, colegas e se tornam solitárias.

Mas, se ao contrário, nossas lentes estão clarificadas pelo otimismo, pelo amor, pela gratidão, sentiremos que em todas as situações há aspectos positivos. Se o entusiasmo é o detergente das nossas lentes, perceberemos a vida em variados matizes de luzes e cores.

A cor do mundo, portanto, depende da nossa ótica. O exterior estará sempre refletindo o que levamos no interior(coração). O otimismo é gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionando ao avanço, à alegria. Cultivando-o nos sentimentos adquirimos visão para perceber o lado bom da vida que nos rodeia.

Pensemos nisso e verifiquemos se não estamos nesse triste caminho dos que não conseguem descobrir a poesia na paisagem de luz, a música nos sons da natureza e a sinfonia da vida, executada magistralmente pelo Excelso Maestro chamado Deus.

Nos céus dos que vivem com otimismo e confiança em Deus, sempre haverá andorinhas bailando no ar prenunciando gloriosas primaveras. E no mais, vamos que vamos, ETA nóis.

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