quinta-feira, 15 de novembro de 2018

NEUROSES EM VOGA


Vivemos hoje em uma sociedade precipitada. Todos temos pressa e não temos tempo. Vivemos nossos dias na ânsia de tudo conseguir e na aflição de tudo alcançar. 

A Internet, o celular e os mais variados recursos tecnológicos nos facilitaram a vida, ao mesmo tempo que nos submetem a condição de escravos

Já não perguntamos o endereço postal de alguém. Quem terá tempo de escrever uma carta, ir ao correio postá-la e esperar infindáveis dias até que ela chegue ao destinatário? 

Assim, nossa caixa de correio enche-se de nada, pois repetem-se as correspondências comerciais sem significado algum. 

Há pressa, pois a velocidade do mundo parece ter mudado. Parece estar mais rápida, mais exigente, mais intensa. 

Somos encontrados a qualquer momento. Seja pelos telefones móveis que a cada dia agregam mais recursos, pela Internet, que nos liga a todos e a tudo (sem a opção de nos perguntar se desejamos ou não) ou por tantas outras possibilidades que a tecnologia cria a todo momento. 

Sempre estamos sendo exigidos, questionados, sob demanda de algo ou de alguém. 

Nesses dias de transição e de mudança, de adaptação e de aprendizado, muitos de nós nos sentimos aturdidos. Perdemos as referências, que foram atropeladas pelas mudanças sociais: Facebook, Whatsapp, Twitter e tantas outras. Na maioria das vezes não sabemos como agir ou por onde seguir. Como resultado, caminhamos inseguros, buscando cada qual defesas frente a tudo isso. 

Por isso que muito das vezes que essas redes dita como "sociais", são tantos os que através delas se tornam violentos, com medo de serem violentados pela sociedade. Agridem verbalmente, algumas vezes indo às raias da violência física, mascarando o próprio medo ao impingir medo nos que os cercam. 

Outros, buscam fugir desse frenesi moderno fechando-se em si mesmos, em um egoísmo injustificado, preocupando-se apenas consigo e com os seus, abrindo mão dos valores da solidariedade, da fraternidade e da amizade. 

Não são poucos aqueles que, preocupados no vencer e no ganhar das batalhas diárias, se desfazem dos valores morais, passando sobre tudo e sobre todos, não se importando em construir vitórias sobre dores, aflições e injustiças, pois as suas são apenas as preocupações pessoais. 

Porém, vale lembrar que não importa a época que estamos vivendo. Desde sempre, todos os dias são abençoados pelos cuidados de Deus, que prevê a tudo e provê a todos nós. 

Não nos deixemos contaminar por essas neuroses modernas, onde a fé e a confiança em Deus, pouco trabalhadas na intimidade de cada um, são substituídas pelo medo e pelos mecanismos de fuga. 

Vivamos de maneira tranquila e confiante, sabendo, como nos lembra Jesus, que somente lobos caem em armadilhas para lobos. Nada nos haverá de suceder que não conste das nossas necessidades de aprendizado e entendimento. 

Cada vez que ansiedade, medos, fobias ou síndromes modernas insistirem em tomar-nos a casa mental e emocional, resguardemo-nos na conversa com nós mesmo e com , que nos tornará por completo a alma, apascentando-nos o coração. 

E vivamos, com a confiança do filho que entende o Pai como soberanamente bom e justo, todos os dias banhando-nos na alegria de estarmos vivos, louvando a Deus a bendita oportunidade de ser feliz. Pense nisso, e no mais vamos que vamos, ETA Nóis.

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