sexta-feira, 9 de novembro de 2018

PRECONCEITO (Por Pedro Machado)

O preconceito é uma praga que se alastra nas sociedades e vai deixando um rastro de prejuízos, tanto físicos como morais. O preconceito de raça tem feito suas vítimas, ao longo da história da humanidade. 

Mas não é somente o preconceito racial que tem sido causa de infelicidade. Esse malfeitor também aparece disfarçado sob outras formas para ferir e infelicitar. 

Por vezes, surge como defensor da religião, espalhando a discórdia e a maldade, o sectarismo e os ódios sem precedentes. Outras vezes apresenta-se em nome da preservação da raça, gerando abismos intransponíveis entre os filhos de Deus. 

Também costuma travestir-se de muro entre as classes sociais, fortalecendo o egoísmo, o orgulho, a inveja e o despeito. 

Podemos percebê-lo, ainda, agindo como barreira entre a inteligência e a ignorância, disfarçado de sabedoria, impedindo que o mais esclarecido estenda a mão ao menos instruído. 

O preconceito também costuma aparecer fantasiado de patriotismo, criando a falsa expectativa de supremacia nas mentes contaminadas pela soberba. 

Ele também pode ser percebido com aparência de idealismo político, explorando mentes inexperientes e sonhadoras, que são usadas como massa de manobra. 

Como se pode perceber, o preconceito é um inimigo público que deveria ser combatido como se combate uma epidemia. 

Essa chaga social tem emperrado as rodas do progresso e da paz. Por essa razão, vale empreender esforços para detectar sua ação, sob disfarces variados, e impedir sua investida infeliz. 

Começando por nós mesmos, vamos fazer uma auto-análise para verificar se o preconceito não está instalado em nosso modo de ver, de sentir, comandando nossas atitudes diárias. 

Depois, extirpar de vez por todas esse mal que teima em nos impedir de viver a solidariedade e a fraternidade sem limites, como propôs o Mestre de Nazaré. 

Muitas pessoas são preconceituosas por não terem o devido conhecimento da verdade. "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Assim disse Jesus. 

Quando a pessoa tem conhecimento e valores bem estabelecidos, é capaz de estar em qualquer lugar e discutir qualquer assunto sem perder a identidade. 

No entanto, quando não tem conhecimento, corre o risco de não ter uma identidade, e, assim, acreditar em coisas e defender causas que, provavelmente, não seriam suas, por pura e simples ausência do conhecimento.

A fraternidade é a chave que rompe as amarras que nos retém nas baixadas, e nos permite ganhar as alturas, elevando-nos acima das misérias humanas. 

"Não é a cor, nem a raça, nem a posição social, nem a religião, nem as aparências externas, filho, é o que está dentro de você que o faz subir para um patamar mais elevado." 

Pense nisso! E no mais, vamos que vamos, ETA nóis.

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