Raça de víboras – Você já viu ou ouviu esta expressão.
Existem pessoas que se confundem ao meio em que vivem a tal ponto que perdem a própria identidade. É a esse tipo de criaturas que Jesus chama raça de víboras.
Pelo mimetismo, capacidade que certos animais possuem de tomarem a cor e a configuração dos objetos em cujo meio habitam, a víbora se confunde, por assim dizer, ao meio, tornando difícil a sua localização.
Muitos de nós, em situações adversas, preferimos nos deixar confundir com o meio do que sermos taxados de piegas ou moralistas indesejáveis. Se estivermos no meio dos corruptos, aplaudimos a corrupção.
Se nos encontramos entre os viciados, apoiamos o vício. Se estivermos rodeados por pessoas honestas e dignas, enaltecemos a honestidade e a dignidade. Falta-nos a coragem moral para nos posicionarmos de conformidade com a nossa consciência, independente do meio em que nos achemos.
Como pessoas do bem, sabemos qual é a postura correta, mas preferimos nos deixar levar pela maioria pensando enganar a própria consciência. Esquecemos a recomendação do Homem de Nazaré: "Seja o seu falar sim, sim, não, não." "Todo mundo faz"! Este é o argumento com o qual alguns de nós tentamos justificar os atos indignos.
No momento em que Jesus se refere aos fariseus como raça de víboras, enfatiza também que todo pecado ou blasfêmia nos serão perdoados, exceto os cometidos contra o Espírito, contra a consciência.
O que o Cristo quis dizer é que os equívocos cometidos por ignorância, não serão contabilizados pelas Leis Maiores como infração, mas como tentativa mal sucedida.
Ah, mas as infrações cometidas com conhecimento de causa, ou seja, contra a consciência, essas não serão perdoadas, e o infrator responderá por elas diante das Leis que regem a vida.
Assim, a desculpa de que todo mundo faz, não nos isentará da responsabilidade pessoal, pois a cada um será dado conforme suas obras, e não conforme as obras da maioria, pois o mérito ou demérito são individuais e intransferíveis.
Dessa forma, por mais que tentemos nos confundir com o todo ou com a maioria, não impediremos que as Leis Divinas nos localizem e registrem as nossas mais secretas intenções.
Deixemos o mimetismo para os animais e tomemos a postura cristã onde quer que estejamos, sem receio. Sejamos firmes em nossas decisões nobres, sem nos preocuparmos em agradar as massas, mas com a única preocupação de agradar a Deus.
A luz só aparece nas trevas, não adianta querer ser luz apenas onde há luz.Pense nisso, seja correto perante a sua própria consciência, e siga em frente sendo cada vez mais feliz. E no mais vamos que vamos, ETA nóis.
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